
De
PortugalO pequeno almoço não tinha variedade, nunca houve fruta nem iogurtes ou cereais. As moscas pousavam na comida de tal forma que era impossível não ficar enojado. O nosso quarto não tinha sequer uma mesa de cabeceira para colocar um copo. Tínhamos que pousar as nossas coisas no chão. O armário só tinha prateleiras, não havia forma de pendurar uma peça de roupa. Tivemos que usar uma das camas para servir de cómoda e ter onde pousar os telemóveis e as coisas para não ficarem espalhadas pelo chão. As escadas que davam acesso ao quarto eram, no mínimo, perigosas. Em qualquer país europeu seriam proibidas! A estreita varanda em frente ao quarto era uma ameaça à segurança de quem lá andasse. O ar-condicionado não funcionava há vários anos, dado o estado em que o encontrámos. Jacuzzi era anunciado, mas não funcionava. Na casa de banho não havia qualquer tipo de produtos de higiene, apenas papel higiénico. Só no 3* dia apareceu um sabonete líquido para as mãos. Falei com o staff e expliquei como as coisas estavam erradas. Verifiquei que havia vontade de melhorarem, mas os problemas eram estruturais. Não se resolviam assim rapidamente. Ficámos um dia sem água. Isto é inadmissível. No outro dia ficámos sem água quente. Era de mal a pior. Os hóspedes que iam chegando, não ficaram até ao fim das estadias. Foram-se embora. Também tentámos sair, mas o nosso orçamento não permitiu, pois reservámos 10 dias e teríamos que perder esse dinheiro e pagar outros 10 dias noutro sítio. A praia era longe e estava tão imunda que me recusei a lá voltar. Tudo em volta era tão sujo e tão horrível que parecia um cenário apocalíptico, com casas por construir ou deitadas abaixo. Senti-me num cenário de guerra onde tudo parecia ter sido atingido por bombas e sujidade. O caminho para lá chegar ao Riad era tão mau que os taxistas se perdiam. No site anunciavam que o Riad era em Rue de la Plage 8000 Agadir. Mentira!!! Era em Douira.